“Desespero”, afirma Geraldo Luís após oferecer programa à Globo
O apresentador Geraldo Luís afirmou que apresentou um projeto à TV Globo e que lamenta ver bons repórteres fora da televisão aberta
atualizado
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O apresentador Geraldo Luís, que ou por emissoras como Record e RedeTV!, está fora da televisão desde março, mas não quer seguir assim. Em entrevista, o jornalista revelou que ofereceu o projeto de um novo programa para a TV Globo e afirmou que está “desesperado” por ver profissionais talentosos longe das telas. “Bons repórteres que precisam voltar”, disse.
True crime
Geraldo Luís deu detalhes do projeto que apresentou à Globo. De acordo com ele, é preciso contar boas histórias na televisão. “Eu tenho vários projetos de true crime”, afirmou o apresentador ao site NaTelinha. Para quem não está familiarizado, esse é o termo usado por filmes, séries, documentários e reportagens baseadas em crimes reais.
“Por exemplo, apresentei um novo projeto para a Globo, envolvendo Linha Direta e Você Decide, dentro desse universo”, explicou. “É inegável que o gênero tem seu nicho e público fiel, mas a TV aberta não pode se resumir apenas a histórias de violência. Hoje, é preciso oferecer mais”, apontou o apresentador.
Ele seguiu seu relato. “Eu sou a favor do jornalismo, mas hoje essa questão de só notícia ruim, as pessoas querem se emocionar, chorar, elas querem histórias, elas querem ter um programa de rir”, disse. “O mundo está pesado, as pessoas estão com a saúde mental afetada, mas o telespectador fugiu da TV aberta porque ele também está com a saúde mental afetada”, completou.
“Desespero”
Desanimado com os rumos que a televisão aberta vem tomando, Geraldo Luís abriu o coração e lamentou que muitos nomes talentosos estejam fora das telas. “A televisão brasileira não cria mais. Onde estão os diretores? Tem gente talentosa paralisada. E essa palavra me dá desespero”, pontuou o apresentador.
Ao encerrar sua fala, o jornalista se diz “tomado pelo desespero” e afirma que há pessoas no ar que “não sabem fazer televisão”. “[Sou] um comunicador tomado pelo desespero – por todos nós, pelos brilhantes diretores, pelos bons repórteres que precisam voltar, por quem conhece nossas histórias. Hoje, tem gente que não é de televisão fazendo televisão”, concluiu.