Criminosos movimentam R$ 320 milhões extorquindo mulheres com nudes
Segundo a polícia, foi possível identificar e alcançar os líderes do grupo criminoso especializado em nudes, cujas prisões foram decretadas
atualizado
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na manhã desta terça-feira (10/6), a Operação Firma II, em Pelotas (RS). A ação é um desdobramento da Operação Firma I, realizada em setembro de 2024. Enquanto a primeira fase concentrou-se na investigação das extorsões praticadas na modalidade golpe dos nudes, a segunda etapa tem como foco a lavagem de dinheiro proveniente dessas extorsões, promovida por um grupo criminoso com atuação interestadual.
Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 69 de busca e apreensão, resultando na apreensão de 37 veículos, bloqueio de mais de 300 contas bancárias, suspensão das atividades comerciais de 16 empresas e sequestro de 10 imóveis. Até o momento, foram presas sete pessoas.
As ordens judiciais foram cumpridas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. As investigações apontam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 320 milhões, utilizando empresas de fachada, laranjas e contas de terceiros para dissimular a origem ilícita dos valores.
A investigação foi conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas e contou com o emprego de 110 policiais civis apenas na cidade de Pelotas, além do apoio de diversas unidades em outros estados.
Segundo a polícia, nesta segunda fase, foi possível identificar e alcançar os líderes do grupo criminoso, cujas prisões foram decretadas com base nos elementos colhidos durante a investigação.
De acordo com o delegado César Nogueira, a Operação Firma II representa mais um o no combate à criminalidade financeira e digital, atingindo diretamente o núcleo patrimonial do grupo criminoso e impedindo a continuidade de suas atividades ilícitas.