“A verdade vai vir à tona”, diz Tarcísio sobre Bolsonaro no STF
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será interrogado no STF
atualizado
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta terça-feira (10/6) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que irá prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir das 14h30.
Na segunda-feira (9/6), a Primeira Turma do STF começou os interrogatórios de oito réus da suposta trama golpista. Segundo as investigações, esse seria o “núcleo crucial” do plano de tentativa de golpe de Estado.
Tarcísio disse que conversa constantemente com Bolsonaro e que “em nenhum momento o presidente cogitou nada”. O governador de São Paulo fez a declaração a jornalistas após a formatura de soldados da Polícia Militar (PM).
“[Bolsonaro] está sereno, está tranquilo, vai falar a verdade. Eu acho que a verdade vai vir à tona”, disse Tarcísio.
O governador relatou o conteúdo de um áudio mostrado por um advogado de defesa que demonstraria a inocência do ex-presidente.
“O presidente não tinha intenção nenhuma de nenhum tipo de ruptura. Foi a tônica do meu depoimento também, que eu tive a oportunidade de manifestar sobre isso. Tive cinco vezes com o presidente em novembro e dezembro de 2022, em nenhum momento o presidente cogitou nada”, declarou o governador de São Paulo. “A gente está absolutamente tranquilo com relação à inocência do presidente Bolsonaro”, completou.
No fim de semana, Bolsonaro esteve em São Paulo para preparar a sua defesa. O ex-presidente ficou hospedado no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador Tarcísio de Freitas.
Veja a ordem dos depoimentos
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022.
Como funcionam os interrogatórios
Os réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A penas dos crimes, somadas, podem resultar em 30 anos de prisão.
Os interrogatórios são conduzidos pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de defesa dos réus também podem fazer perguntas. Os acusados, porém, podem escolher por não responder às perguntas pelo direito de produzir provas contra si.